Mensalmente irei ter no À Conversa , a presença de advogados que fazem parte da PCLA-Portuguese Canadian Lawyers Association, criada em 2005 por um grupo de advogados com objectivos tão diversificados como promover a educação entre os jovens Luso-Canadianos, ou prestar serviços de advocacia representando a comunidade Luso-Canadiana, entre outros.
O primeiro programa teve a participação do Dr. Jason dos Santos, um jovem advogado Luso-Canadiano que conta já com alguns anos de experiência em advocacia, tendo recebido várias bolsas de estudo, quer do governo canadiano, quer de entidades portuguesas.
Com um percurso iniciado na St. Helens Catholic School passando pela De La Salle College e tendo completado o seu curso na Universidade de Windsor, o Dr. Jason dos Santos não descurou o aprendizado da língua portuguesa e hoje é com grande sucesso que representa tão bem a nossa comunidade.
No programa do dia 5 de Maio, falámos sobre violência doméstica.
Violência doméstica é a violência explícita ou velada, literalmente praticada dentro de casa ou no âmbito familiar, entre indivíduos unidos por parentesco civil (marido e mulher, sogra, padrasto) ou parentesco natural pai, mãe, filhos, irmãos etc. Inclui diversas práticas, como a violência e o abuso sexual contra as crianças, maus-tratos contra idosos, violência contra a mulher e contra o homem, geralmente nos processos de separação litigiosa além da violência sexual contra o parceiro.
É mais frequente o uso do termo “violência doméstica” para indicar a violência contra parceiros, contra a esposa, contra o marido e filhos.
A violência mais conhecida (falada, noticiada) etc., é a violência contra a mulher que leva a que a vítima chame a polícia, por vezes com razões mais do que justificadas. Mas conhecem-se vários casos de pseudo vítimas, que só porque desconfiam de traição por parte do companheiro, por ciúmes ou outros motivos fúteis, resolvem chamar a polícia. Depois dos agentes irem ao endereço, muitas delas arrependem-se e tentam convencer os agentes da lei a não tomarem qualquer atitude em relação ao seu parceiro. Tarde demais…!
A partir do momento em que a polícia vai atender uma denúncia de maus tratos e segundo as normas da polícia, alguém vai ter de ir preso!
Há todo um processo judicial a seguir e é aqui que o advogado faz a parte de representação e defesa do arguido.
Se precisar recorrer a um advogado que o governo põe à sua disposição gratuitamente, não hesite em pedir um intérprete sempre!
É fundamental que perceba a pergunta que o Juíz lhe faz!
Outro tipo de violência doméstica é a violência contra o homem. O Dr. Jason dos Santos explicou que esse tipo de violência…existe, mas não tem números conhecidos devido à vergonha do homem violentado, em denunciar o drama em que vive. Este tipo de violência contra o homem, pode ser praticado pela própria companheira, parentes ou amigos!
A violência contra as crianças foi abordado muito superficialmente devido ao grande número de chamadas telefónicas dos nossos ouvintes e ficará para um novo programa conjuntamente com a violência contra os idosos.
POEMA CONTRA A VIOLENCIA da autoria de Antonio Silva
Se um homem fala mais alto
Para manter a autoridade
É logo acusado de violência
Pelo resto da comunidade
Mas se um homem não diz nada
E cada um faz, aquilo que quer
Dizem que não tem personalidade
E até leva porrada da mulher
Perante tanta contestação
Que há-de um homem fazer?
Tanto é preso por ter cão
Como é preso, por não ter
O assunto, é demasiado sério
Para ser levado a brincar
Nós vemos, ouvimos e lemos
Mas continuamos a ignorar
São vítimas da violência
Crianças, mulheres e idosos
A violência é uma arma
Na mão dos poderosos
A violência dos tiranos
Persegue e tortura sem piedade
A violência é em toda a parte
Um atentado à liberdade
Para acabar com a tirania
Dos reis do império do medo
Denunciemo-los à sociedade
Em vez de guardar segredo
Lutemos, contra toda a violência
Em casa, na escola, na estrada
Em vez de fechar os olhos e dizer
Não sei, aqui? não se passa nada
Todos falam da violência do rio
Que destrói tudo à passagem
Mas ninguém fala da violência
Que as margens ao rio fazem!
No próximo dia 16 de Junho, estarei À CONVERSA com o Dr. António Azevedo e a Dra. Mary Lou DeJesus e iremos falar de acidentes de automóvel!
